segunda-feira, 27 de junho de 2011

Caindo no Mundo

- Ola Senhora Waring, tudo bem? Passei aqui para dizer que graças a clientes como a senhora eu passei pelo período de experiência, agora tenho o meu próprio cartão. Aqui está e se precisar de algo é só chamar. (Freddie Taylor)
- Na verdade eu preciso sim. Desculpe incomodar, sei que o senhor está ocupado, mas preciso de uma solicitação. Meu marido... (Sra. Waring)
- Ah, e o que ele aprontou? Bateu o carro de novo? (Freddie Taylor)
- Ele morreu. (Sra. Waring)
- Nossa eu sinto muito. (Freddie Taylor)
- Estava mexendo na antena, escorregou e caiu bem ali. Morreu na hora. Eu queria ter saído de férias com ele. (Sra. Waring)


Uma correria frenética ao som de uma música romântica gerando aquele clima de “será que dar?”. Parece que você já viu essa cena inúmeras vezes, e tem razão, pois geralmente as comédias românticas terminam com esta fórmula bastante comum. E, como não poderia deixar de ser, este filme também está neste hall. Então, o que tem de mais neste filme? Quem sabe o drama característico da juventude - principalmente daqueles que vivem em cidades pequenas do interior e mais conservadoras – seja retratado de forma até convincente: o que fazer da vida, do futuro? Reconheço também que não é uma questão nova no cinema, porque a inseguranças dos jovens quanto ao seu futuro, ou a ideia de viajar pelo mundo, curtir, não repetir a vida dos pais é uma ideia recorrente.

Neste filme, ambientado na Inglaterra da década de setenta, o drama é vivido por Freddie Taylor (Christian Cooke) que recém contratado por uma empresa de seguros imagina construir uma vida digna longe do trabalho penoso das fábricas nas quais o pai trabalhou. Já Bruce Pearson (Tom Hughes), não reclama do trabalho tanto quanto do pai que, desempregado, passa o dia todo bebendo e assistindo TV, quem sabe para curar o sofrimento por ter sido abandonado pela mulher, quando Bruce ainda era criança. Bruce sempre promete sair da cidade, porém, receoso, nunca cumpre a promessa. Por fim, temos Snork (Jack Doolan) até que gosta do seu trabalho na estação de trem, porém tem dificuldades com as mulheres. A personagem feminina, que não poderia faltar, estar por conta de Julie (Felicity Jones), antiga colega de Freddie e filha do chefe. Foi Julie, e seu espírito aventureiro, que despertou nos três a coragem para buscar o novo, conhecer o mundo, mas será que eles terão coragem de sair do conforto da família, da segurança da comunidade?

Por mais que não se distancie quase nada da maioria das comédias que invadem as telonas, esta, pelo menos, possui alguns diálogos que esboçam um retrato das angustias vividas pelos adolescentes que observam a vida adulta se aproximar, porém com poucas perspectivas. Pelo menos já vale um esforço para assisti-la.



Título original: (Cemetery Junction)
Lançamento: 2010 (Inglaterra)
Direção: Ricky Gervais e Stephen Merchant
Atores: Ralph Fiennes, Christian Cooke, Felicity Jones, Tom Hughes, Jack Doolan, Emily Watson, Ricky Gervais, Mathew Goode.
Duração: 95 min
Gênero: Comédia

Um comentário:

  1. Fikei curiosa pra ver, vou baixar =D

    Tem postagem nova, passa lá!
    BeijO*-*

    http://evesimplesassim.blogspot.com/

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