sexta-feira, 22 de abril de 2011

[Oscar de Melhor Filme -1966] A Noviça Rebelde

Escale todas as montanhas
Conheça cada caminho
Siga todos os arco-íris
Até encontrares o teu sonho


Um sonho que necessitará
De todo o amor que você pode dar
De todos os dias de sua vida
Por quanto tempo durar
                                    (Música: Escale Todas as Montanhas)


Se pedirmos a um cinéfilo que cite cinco filmes clássicos marcantes para o cinema, certamente um deles será A Noviça Rebelde.  São inúmeros os fatores que o alçaram ao patamar de “Clássico”, ou melhor, um conjunto de acertos que o colocam mais próximo de uma obra perfeita: boas interpretações, roteiro simples mais capaz de despertar a atenção de quem assiste, fotografia, direção, trilha sonora, etc.. Ainda hoje conseguimos nos encantar com Maria (Julie Andrews), o Sr. Trapp (Christopher Plummer) e as sete crianças. Entretanto, é verdade que dos anos 60 até nossos dias o cinema mudou bastante, tornou-se mais rápido, dinâmico, elétrico, ás vezes barulhento e até ensurdecedor, e aos poucos nos acostumamos a este novo cinema. Assim, aos incautos filhos dos anos 80 e 90, diminuam a velocidade antes de sentarem na poltrona para assistir este filme.

Maria é uma jovem noviça que não consegue se adaptar ao mundo recheado de disciplina do convento para freiras, então, é com grande sabedoria que sua madre superiora a encaminha para uma temporada fora dos muros daquela instituição, para, quem sabe assim, a jovem reconhecer a verdadeira “vontade de Deus”. Maria não poderia ter ido para um lugar mais desafiante do que a casa do Capitão Trapp, local em que o riso, as brincadeiras, e a diversão deram lugar a disciplina, tão rígida quanto a de um navio. Esta era a forma daquele chefe de família apagar as lembranças alegres que pairavam naquela casa antes de sua esposa falecer. Assim, na primeira parte do filme veremos as aventuras de Maria para trazer a alegria de volta aquela casa, contrariando e ao mesmo tempo encantando ao Sr. Trapp, com suas belas canções alegrando toda a família, menos, é claro, a Baronesa Schraeder(Eleanor Parker), que almejava casar com Sr. Trapp.

A segunda e última parte da obra mostra esta família fugindo do Estado Nazista, pois a trama é ambientada na Áustria pré-ascensão de Hitler. E, como o Capitão Trapp é um nacionalista fervoroso e não aceitava aquela ofensiva alemã, só lhe restava fugir, mesmo que isto significasse abandonar sua amada terra natal, porém, era a única forma de salvar sua família, decisão difícil também tomada por muitos europeus naqueles tempos sombrios.

Não é um filme tão fácil de encontrar, mas se tiver sorte e achá-lo por aí, garanta logo uma cópia e programe um tempinho livre e sossegado de completo relaxamento para ouvir e se encantar com The Sound of Music.


Título original: (The Sound of Music)
Lançamento: 1965 (EUA)
Direção: Robert Wise
Atores: Julie Andrews, Christopher Plummer, Eleanor Parker, Richard Haydn.
Duração: 172 min
Gênero: Musical

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